quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Mário Soares e Álvaro Cunhal


As comemorações do 1.º de Maio de 1974 constituíram um momento histórico para o PCP e em particular para Álvaro Cunhal. O primeiro feriado nacional do Dia Mundial do Trabalhador representou uma vitória e a enorme mobilização das massas populares permitiu fazer a passagem narrativa do pronunciamento militar para o levantamento popular. A revolução parecia avançar imparável e concretizar os sonhos da geração de comunistas que entregara a sua vida à luta na ilegalidade. Cunhal clarificou diante das massas os seus objectivos tácticos de curto prazo: participar no Governo Provisório e aprofundar a ligação aos sectores militares para a construção de um novo país sobre os escombros do Estado Novo. Um caminho que tinha de ser complementado com a adopção de medidas que evitassem um contragolpe. Mário Soares, militante do PCP na sua juventude, com o apelido "Fontes",  integrou-se na dinâmica a revolucionária (ainda) sem afrontar o PCP.

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