Na manhã do dia 25 de Novembro, as tropas pára‑quedistas da Base Escola de Tancos receberam ordens para ocupar o Comando da Região Aérea instalado no Monsanto e as bases aéreas do Montijo, Ota, Monte Real e Tancos. Os militares do Ralis avançaram sobre o aeroporto de Lisboa, cortaram os acessos à capital através da auto‑estrada e as tropas da Escola Prática de Administração Militar ocuparam a RTP.
O golpe antecipado pelo Grupo dos Nove eclodia por fim em plena luz do dia. Chegara o momento da clarificação forçada pelo agravamento da instabilidade. Ou o processo revolucionário dava finalmente um salto e se transformava numa revolução irreversível ou era travado e abria caminho ao desmantelamento de todas as conquistas.
O 25 de Novembro acabou por representar uma grande derrota da Esquerda militar, a sua desarticulação e desagregação e o desaparecimento do MFA como movimento militar revolucionário organizado. “Mas não representou a derrota definitiva da Revolução, como alguns se apressaram a concluir”, garantiu Álvaro Cunhal.
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