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Revista Notícias/Sábado, 20 de Novembro de 2010




































Lusa, 20 de Novembro de 2010


Álvaro Cunhal: Livro retrata a história de um "herói involuntário"

Lisboa, 21 nov (Lusa) -- Um homem afetuoso, capaz de suscitar paixões e também de se apaixonar facilmente, um "herói involuntário" - assim é retratado o líder histórico comunista, Álvaro Cunhal, num livro do jornalista Adelino Cunha que pretende mostrar "o homem  por detrás do mito".

Na obra "Álvaro Cunhal -- Retrato pessoal e íntimo" (editora A Esfera dos Livros), que será lançado na segunda feira em Lisboa -- o editor de política do Jornal de Notícias, Adelino Cunha, procura responder à pergunta de "quem era a pessoa por detrás desta imagem, muito austera, que dizia quase sempre a mesma coisa, que era uma figura distante, fria, que remetia para o universo da União Soviética".

Ao fim de três anos de uma investigação que o levou a Espanha e a Moscovo, o resultado surpreendeu o autor: "Descobri um Álvaro Cunhal que era capaz de coisas extraordinárias, de pequenos afetos, como homem, como pai, como filho", relatou à Lusa.

Para o jornalista, o dirigente histórico do PCP "era um herói involuntário".

Apesar de não querer ser visto como o líder dos comunistas portugueses, "as pessoas reconheciam-no sempre como um herói individual", acrescentou.

"Era um líder por natureza, era magnético", afirmou Adelino Cunha, que dá o exemplo da forma como o antigo dirigente comunista conheceu Isaura Moreira, mãe da sua única filha.

A família de Isaura integrava a rede da clandestinidade que auxiliou Cunhal aquando da histórica fuga da prisão de Peniche, em janeiro de 1960. Apaixonaram-se e em dezembro nascia Ana.

Álvaro Cunhal foi um pai muito carinhoso -- saía da sede comunista, em Lisboa, para ir passear com a filha para a praia das Maçãs, em Sintra, local onde, 20 anos antes, deixara a sua companheira, grávida, antes de fugir novamente da PIDE.

A investigação de Adelino Cunha permitiu revelar um dado histórico: Cunhal procurou negociar com o Estado Novo o seu exílio no México, tendo chegado a pedir ajuda junto do partido comunista mexicano. 

Para "contar a história de Álvaro Cunhal", o jornalista consultou edições antigas do jornal comunista Avante! e arquivos do PCP, da Torre do Tombo e do Partido Comunista da União Soviética, e recolheu testemunhos de familiares -- a filha, Ana Cunhal, colaborou pela primeira vez numa investigação sobre a vida do pai -- e camaradas, que ajudaram a reconstituir o quotidiano do líder comunista.

No seu trabalho, contactou com personalidades como o líder histórico do partido comunista espanhol Santiago Carrillo, Margarida Tengarrinha, que viveu em Moscovo ao mesmo tempo que Cunhal, Sofia Ferreira, que estava com ele aquando da sua última prisão, no Luso, e com antigos presos que participaram na fuga de Peniche - entre os quais Joaquim Gomes, falecido este sábado.

O livro, no entanto, não esgota a vida do antigo secretário geral do PCP, garante o autor.

"Preenche uma parte muito pequena do universo de Álvaro Cunhal e do PCP", afirma Adelino Cunha, que admite que gostaria que o seu trabalho despertasse a "curiosidade de outras pessoas para pegarem noutros detalhes" da vida do ex-dirigente comunista.


JH.

** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico **

Lusa/fim



Público, 22 de Novembro de 2010




































Jornal "i", 27 de Novembro de 2010


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http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=187&id_news=483695

1 comentário:

Anónimo disse...

Sou comunista desde que me conheço, Álvaro Cunhal para mim era mais que um líder, era um "idolo".Se todos os politicos deste país fossem como ele foi, esta país não estava no "buraco profundo" em que se encontra...
Aplaudo sempre, quem fala ou escreve sobre ele, desde que seja com seriedade e veracidade e não para denegrir a sua imagem e a do seu partido.
Mas causa-me muito espanto..porque António Vitorino?? e no lançamento, Pedro Paços Coelho e só o camarada Carlos Carvalhas esteve presente?? Mais ninguém do PCP?? não estou a desconfiar das boas intenções de quem escreveu o livro mas...que me leva a pensar..ai leva leva..