O gosto musical de Álvaro Cunhal era extremamente variado e ecléctico. Sem ser um melómano, cultivava a audição de muitos dos grandes compositores clássicos. Mas também os "contemporâneos" Beatles, Rolling Stones e Pink Floyd eram bastante apreciados pelo líder comunista, a que se juntavam muitos nomes da música francesa, como Moustaki. A corroborar o depoimento prestado neste vídeo por Humberto da Mota Veiga, parente de Cunhal, recordo o testemunho directo que em 1978 me prestou Mário Barradas, encenador de referência do Teatro português e fundador do Grupo de Teatro de Évora, já falecido. Ele e Cunhal conheceram-se em Paris, na década de 60. Nas noites de tertúlia da rua Palmira, recordo as discussões sobre o mundo e os homens, muitas vezes embaladas pelos discos de vinil que o Mário, garantia, partilhava "com o camarada Álvaro". Este vídeo homenageia Mário Barradas. O depoimento que aqui presto não está incluído no livro de Adelino Cunha, é da minha inteira responsabilidade e não vincula o autor. António Nascimento
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