quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Negociações secretas (II)


Após viajar clandestinamente para Moscovo, Pires Jorge informou a sua ligação com o PCUS (“Vinogradov I”) de que existia “esperança” de que o Governo português libertasse Álvaro Cunhal “sob condição de ele deixar o país”. O documento (Março de 1957) refere que, para tal, “os camaradas portugueses precisam receber o consentimento do Governo de um país, de preferência capitalista, de conceder um visto ao camarada Cunhal”. Pires Jorge pediu autorização a Moscovo para a liberdade de Cunhal ser negociada nestes termos e solicitou ajuda directa para o estabelecimento dos necessários contactos no movimento comunista internacional.

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